Cada tipo de filme tem na sua especificação o tipo de química que deve ser usada na revelação. Negativo preto e branco o nome varia de acordo com o fabricante – D-76, T-MAX, XTOL, DK-50, D-19; negativo colorido C41 e slide (cromo) E6. Quando você pega um filme e processa ele com a química de outro filme temos o processo cruzado – cross process (xpro). O mais comum (e barato) é fotografar com filme slide e revelar com química de negativo (C41).
O xpro não depende de câmera. É um processo que acontece na revelação do filme. A revelação com um químico diferente modifica a cor, saturação, contraste e brilho (latitude) da foto. Cada filme tem sua particularidade, e as vezes até a química do minilab influencia no resultado.
Alguns exemplos de xpro:
Foto: Alexandre Ferreira
Filme: Agfa CT Precisa – Câmera: Lomo LC-A
Foto: Alexandre Ferreira
Filme: Fuji Astia – Câmera: Lomo LC-A
Foto: Alexandre Ferreira
Filme: Fuji Astia – Câmera: Lomo LC-A
Foto: Alexandre Ferreira
Filme: Fuji Astia – Câmera: Cosina CX-2
Foto: Alexandre Ferreira
Filme: Fuji Astia – Câmera: Canon T-90
Foto: Alexandre Ferreira
Filme: Fuji Provia – Câmera: Canon T-90
Foto: Alexandre Ferreira
Filme: Fuji Velvia – Câmera: Lomo LC-A
Foto: Alexandre Ferreira
Filme: Fuji Velvia – Câmera: Olympus Pen EE-2
Foto: Alexandre Ferreira
Filme: Fuji Velvia – Câmera: Cosina CX-2
Foto: Alexandre Ferreira
Filme: Kodak Ektachrome – Câmera: Lomo LC-A
Foto: Alexandre Ferreira
Filme: Kodak Ektachrome – Câmera: Lomo LC-A
Foto: Alexandre Ferreira
Filme: Kodak Ektachrome – Câmera: Olympus Pen EE-2
Foto: Alexandre Ferreira
Filme: Kodak Ektachrome – Câmera: Lomo LC-A
Foto: Alexandre Ferreira
Filme: Kodak Ektachrome – Câmera: Holga
Foto: Alexandre Ferreira
Filme: Kodak Ektachrome – Câmera: Cosina CX-2
Foto: Alexandre Ferreira
Filme: Kodak Elite Chrome – Câmera: Olympus Pen EE-2
Uma boa opção é a compra de filmes slide rebobinados e/ou vencidos, já que o custo costuma ser mais interessante nesses casos. Os laboratórios que fazem xpro – alguns não fazem alegando a “contaminação” da química com o filme diferente do normal – costumam cobrar uma taxa adicional pelo processo, mas a maior parte dos minilabs que não são voltados para o público profissional (ou mais entendido do assunto) – minilabs do Extra, por exemplo – não fazem a menor distinção do tipo de filme. A unica coisa que é interessante deixar claro é que eles não precisam se preocupar com as cores alteradas do negativo e que ao scannear as fotos não devem fazer nenhum tipo de correção de cor.
Tags: câmera, cromo, cross process, filme, negativo, processo cruzado, quimica, revelacao, slide, xpro
Excelente galeria!
É bom pra perceber que muitas das fotos com “cara” de lomo ganham esse aspecto graças ao tipo de filme/revelação. Quase sempre é um Xpro, em que qualquer resultado pode aparecer, e é aà que está a graça: na aleatoriedade, na surpresa do resultado.
O legal é que você nem precisa comprar uma toycam pra conseguir esse resultado, isso é obtido pelo filme+revelação, se as pessoas soubessem disso, nem precisava comprar uma cameretazinha de plástico e tal.
Legal o post amf.
Excelente abordagem… tira qualquer dúvida sobre processo cruzado… estou usando uma LOMO para brincar assim… Faz parte do descondicionamento do olhar…
Valeu !
Ainda bem que alguém explicou isso! Valeu!!!
Pela segunda vez fui revelar umas fotos que tirei com uma mini Diana, mas a foto saiu normal. E queria justamente esses efeitos que vemos nessas suas fotos, agora, como você mesmo diz… eu não preciso/dependo exclusivamente de uma lomo para obter esse efeito?! Então porque todo esse pessoal (inclusive eu) está maluco por uma câmera da Lomography, se poderia ser com qualquer outra?